Realmente...como ninguém te amou antes.... Qualquer semelhança não é coincidência é realidade!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A LAGOA PROIBIDA (ENCANTADA)

Meus pés já estiveram lá. É um lugar encantado. Lugar encantado a gente olha com o coração e não consegue descrever com palavras. Só com sorrisos. Lugares encantados escondem segredos, meninas que fazem poemas sem títulos e lagoas proibidas.
Por que inventaram lagoas proibidas? Proibir é roubar a possibilidade de conhecer, desvendar, experimentar. É roubar o direito de fazer novo o que está envelhecido.
Há um aviso: quem adentra na lagoa proibida pode se perder. Mas, quem se perde, quem se arrisca, volta mais interessante. Volta encantado e vai guardar historias para contar em noites de lua cheia. Já esta comprovado, quem se perde, volta mais experiente, mais seguro, mais ousado. Descobre cachoeiras, grutas sagradas, rios de águas cristalinas que formam ziguezague, flores raras e tesouros escondidos. Desvenda mistérios guardados em rochas e revela ilusões criadas pelo desejo.
A lagoa proibida é como a paixão. Quem se aventura, transforma-se. Ao retornar, não será mais o mesmo. Quem já experimentou sabe que a paixão marca o corpo e a alma para sempre. As marcas ficarão vivas feito brasas e o coração repleto de mistérios e sonhos. Por isso, quem deseja adentrar na lagoa proibida não pode ter medo.
Medo é esse Ente que chega de mansinho. Vai ficando, ficando só para se engraçar da testa franzida. O medo cria fantasmas e impede o vôo livre. Para o medo ir embora é preciso enfrentar a realidade. É preciso analisar, de olhos bem arregalados, os caminhos, as trilhas e as mudanças que a lagoa proibida pode causar na vida.
Se há feitiços que apagam a luz da razão, é preciso fechar os olhos e buscar a lanterna interior. Há momentos que a melhor maneira de ver é fechando os olhos, é contemplando o mistério que há no desconhecido. Aos poucos o medo vai se definhando. Só então se pode decidir entre o banho na lagoa proibida ou seguir o passeio pela Indara, cultivando o bem querer.
Lembrei de truque para não cair na lagoa proibida. Foi minha avó quem me ensinou. Mas, truques não se revelam. Guardam-se escondidos como os segredos da Indara.

Autora: Celica Vebber

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