Realmente...como ninguém te amou antes.... Qualquer semelhança não é coincidência é realidade!

domingo, 24 de abril de 2011

Amor a Distância


           
Talvez eu não saiba o quanto eu realmente te amo,                     
Nem você, nem as estrelas que me acompanham.                                   
Nesta noite distante, meus olhos se perdem,
Ora miram o visível da noite, ora o invisível da mente.
Eu me perco nesta viagem, nesta saudade.
O coração sente a sua proximidade, mesmo tão distante…

Talvez o amor seja essa descoberta,
De que precisamos um do outro,
Ainda que completos, ressentidos,
Tão imaturos ou amadurecidos.
Inocentes ou calejados pela vida.

Vivendo do que fomos ontem,
Pensando no amanhã,
Descubro que te quero hoje.

O meu dia é você!
E para isso não preciso de filosofia,
Nem discuto com o analista, apenas sinto.
Sinto a sua falta como se fosse algo palpável,
Como se existisse uma máquina capaz de medir,
E a dor da ausência é inexplicável…

Por isso, me perco nestas notas,
Anotando o descompasso do meu coração,
Para dizer o que não sei explicar,
Queria apenas poder gritar: te amo,
Ou quem sabe sussurrar: te desejo.

Me perder de vez nos teus braços,
Para deixar de ser ausência,
E ser simplesmente calor,
Escrevendo assim na eternidade,
A mais bela história de amor.


Autor Desconhecido

sexta-feira, 22 de abril de 2011

MEDO DE PERDER VOCÊ

Medo de perder você 

Hoje acordei tão decidido.
Decidido que iria te falar tudo o que sinto tudo o que quero tudo o que penso, mas de repente você surge e todos os planos desaparecem, todos os planos se escondem de novo com medo da verdade.
Tenho medo de te perder, mas como eu posso perder algo que não possuo?
Às vezes quando vou dormir penso em tudo o que aconteceu entre a gente... Os momentos de risada de tristeza, de "coisas chatas" , de alegria,  e então eu penso tanto e chego a uma única conclusão, os melhores momentos são com você .
Não preciso dizer mais nada, né?

Na verdade eu vou dizer sim, não que eu precise mais sim que eu queira dizer. 
Eu quero que saiba que eu tenho medo, tenho medo de te perder pra uma coisa chamada "sempre"! Tenho medo que essa fase boa se acabe e só nos reste lembranças, tenho medo que aconteça novamente, tenho medo que tudo se repita, tenho medo de olhar pra trás e me arrepender de não ter feito nada para impedir, tenho medo de olhar pra trás e ver que você não está mais ali, tenho medo de ouvir aquela musica sem você, tenho medo que você se vá, que você me deixe, que você encontre outro alguém, tenho medo que a vida te leve de mim.
A vida é uma caixinha de surpresas e quando agente menos espera, pode acontecer algo que mude completamente a historia ou até mesmo que possa acabar completamente com ela.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Falando de Amor - Clarice Lispector


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

A DESPEDIDA DO AMOR

A DESPEDIDA DO AMOR
Martha Medeiros

   Existem duas dores de amor:
   A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
   A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
   A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
   Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
   É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
   Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
   E só então a gente poderá amar, de novo.

Não deu certo! E agora?