Um coração sem correntes

Por onde tu andou por todo esse tempo? Tanto que eu te procurei.
Em tantas bocas, por meio de tantos abraços, por trás de tantos olhos, dentre tantos cheiros, e nada de você.
Bem que você poderia ter aparecido há mais tempo, talvez esse meu
castelo já estivesse pronto.
Mas já que chegou sente-se, aconchegue-se, é tudo bem simples, mas é quentinho, bom de viver.
Mas me conte por que se escondeu tanto?
O que andou fazendo fora de casa por todo esse tempo?
Alguma tempestade lhe iludiu e o tragou pra longe de mim sabia?
Eu sei que doeu a queda quando a tempestade te soltou, deve ter sido difícil, e foi, e ainda acho que às vezes ela volta pra te machucar.

Mas deixa eu te contar a melhor coisa nisso tudo? Eu estou aqui, apesar dessa demora toda eu posso te proteger, e vou lhe proteger.
Você acredita no que sinto?
Então aperta bem forte a minha não, e libera essas correntes que aprisionam o teu coração. Pode vir à tempestade que for a maré pode subir e descer, o céu vai escurecer por varias vezes, eu sei disso, mas eu sempre vou esta aqui, você crê?
Então vamos deitar. Já esta tarde, e a noite é longa, tem muitos sonhos pra viver, e hoje pode ser o melhor deles, basta acreditar.
E agora de manhã, quero acordar para o dia que nasce, mas jamais deste sonho que é você.